A CDU-Madeira considera que a recente notícia dando conta da decisão, em Conselho de Governo Regional reunido no passado dia 17 de Maio, vem confirmar aquilo que há muito tempo se receava e esperava, mas que o Governo Regional e o partido que o suporta, o PSD-Madeira, sempre negaram: afinal, os utentes dos serviços de saúde da RAM também vão ser obrigados a pagar taxas moderadoras.
"Esta decisão, que, de forma traiçoeira e típica do executivo regional, não foi revelada nas conclusões da referida reunião de trabalho, configura-se assim como mais um violento golpe contra a Região e contra as suas populações, e que se torna ainda mais grave porque é perpetrado pelo seu próprio órgão de Governo", acusa a CDU.
Para este partido, "o facto do responsável governativo pela pasta dos Assuntos Sociais, Jardim Ramos, tentar justificar esta medida não lhe retira a gravidade que a reveste.Neste momento de extrema crise económica e financeira, que afecta as populações e os trabalhadores da Região de uma forma particularmente atroz, com a aplicação das sucessivas medidas de austeridade ditadas pela Troika ocupante (UE/BCE/FMI) e diligentemente aceites e postas em prática pela troika colaboracionista (PSD/CDS-PP/PS) a que se somam os ditames acordados entre o Governo da República e o Governo Regional no famigerado "Programa de Ajustamento Económico e Financeiro para a RAM", avançar com mais este ataque aos direitos básicos das populações e, em especial, dos utentes do Serviço Regional de Saúde, revela uma extrema insensibilidade e uma total falta de contacto com a realidade vivida por milhares de madeirenses e portossantenses. Impor taxas moderadoreas é uma manobra de genocídio!".
Para os comunistas, hoje são as taxas moderadoras para os utentes cujo atendimento, nas Urgências do Hiospital Dr. Nélio Mendonça, seja considerado como sendo "pouco urgente" ou "não urgente": amanhã, certamente que esta medida será alargada a todos quantos queiram aceder aos serviços de saúde na Região.
A CDU manifesta o seu total repúido face a esta situação, e diz que irá apresentar, através do seu deputado na Assembleia Regional, um voto de protesto. Dinamizará ainda uma campanha para denunciar este "grave atentado aos direitos", e este "vil crime político contra a Região e contra as suas populações".
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