terça-feira, 3 de abril de 2012

governo nada faz para travar desemprego

A falar em frente ao Instituto de Emprego, Leonel Nunes recordou que, "ao menos", o anterior secretário com a tutela dizia qualquer coisa, ainda que muitas vezes de forma "fantasiosa". O actual titular, que, garante, "ninguém sabe quem é", nada diz.
O ex-deputado do PCP, referindo-se à elevada procura pelo Instituto de Emprego, garante que "o mês de Março ficará na História como o mês em que mais empresas encerraram, em que maior número de trabalhadores foram para o desemprego".


Que medidadas, "para a lém da fantasia revelada no Orçamento", é que o Governo vai tomar e qual é o número real de desempregados na Região, são questões para as quais os comunistas pretendem resposta por parte do titular da pasta do trabalho. Para isso, vai ser requerida uma audição parlamentar.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O ódio de(a) classe do Belmiro artigo de opinião de Manuel Gouveia Jornal Avante

O tratamento jornalístico (?) da greve geral no Público escorre ódio.

Da manifestação em Lisboa, que esconde recusando-se a publicar qualquer fotografia, começa com esta frase ridícula mas significativa «meia centena de manifestantes acantonados (...) à espera de serem levados pelos dirigentes sindicais em marcha triunfal», passando depois para as «poucas centenas de pessoas» terminando já em «uma pequena multidão frente à AR». O esplendor do jornalismo do adjectivo e do preconceito.

Sobre os números da greve, até faz caixa com a denúncia de que o Governo deu ordens para que não se fornecessem números. E depois, cumpre-as, apoiando-se na mentira que a CGTP-IN também não forneceu, o que até parece verdade no Público porque não os publica! Mas no afã de menorizar a greve, vai ao arquivo, procura os comunicados que há quatro meses não divulgou, compara-os com os comunicados que agora não divulga, e encontra três exemplos de menor adesão. Expondo que tem a informação, mas opta por não a divulgar, só por usá-la ao serviço da sua causa. Com a coerência de quem, no mesmo texto, consegue dizer uma coisa «nem os transportes públicos a passar-lhe em frente aos olhos o demovem» e o seu oposto «os protestos de quem teme não conseguir chegar ao emprego por falta de transporte».

A violência, que informa ter «marcado o protesto» tem direito a foto impactante. Mas apenas para deturpar a realidade: A violência que marcou a greve geral não foi a que o Governo organizou sobre um protesto marginal à própria greve, mas sim a violência que se abateu sobre a greve, a repressão policial sobre os piquetes destinada a apoiar a violência que o patronato exerce sobre os trabalhadores.

E no Editorial, se a 25 de Novembro, se falava «da derrota», e «só pode ser visto como um fracasso dos sindicatos», a 23 de Março, original, fala-se «na derrota», em «uma greve falhada». Diferente, só que a 25 de Novembro era o próprio Público que reconhecia que «muitos trabalhadores não a fizeram por medo», e esse mesmo argumento passou agora à categoria de «justificações de Arménio Carlos».

Sem dúvida, os milhões que o Belmiro aplica no Público são um bom investimento! Informação? É preciso procurar noutro lado!