quinta-feira, 3 de maio de 2012

CDU denuncia roubo nos salários dos trabalhadores noticia DN

A CDU denunciou esta tarde, junto às instalações da Valor Ambiente, na Meia Serra, o roubo que os trabalhadores madeirenses estão a ter no seu salário. Esta situação, afirma o dirigente Ricardo Lume, está a acontecer em “empresas públicas como a Valor Ambiente, a Horários do Funchal, a Empresa de Electricidade da Madeira, mas também no Jornal da Madeira, em que os trabalhadores destas empresas não terem o estatuto de funcionários públicos, estão a ter cortes nos subsídios de férias e de Natal”.
Ricardo Lume afirma que esta redução do salário não se limita a estas empresas. “A Philips, a Empresa de Cervejas da Madeira estão a apresentar documentos aos seus trabalhadores para assinarem e assumirem perante a entidade patronal a redução do seu salário.” Outras empresas têm proposta reduções da “ordem dos 25%”
O atraso no pagamento de salários, “um flagelo transversal a toda a Sociedade”, foi outra das denúncias feitas por Ricardo Lume. “Várias empresas vão atrasando o pagamento dos salários, às vezes dois e três meses. Esta situação, além de dificultar a vida dos trabalhadores e das suas famílias, tem um impacto muito grande na retracção na economia regional.”


 
Esta situação, sublinha, só pode ser mudada com a “união dos trabalhadores” e com uma luta contra os actuais Governos.
 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Perto de 500 na manifestação do 1.º de Maio Noticia DN

Perto de meio milhar de manifestantes participaram no desfile do 1.º de Maio esta tarde, a partir das 18 horas, entre a Assembleia Legislativa da Madeira e o Jardim Municipal do Funchal, organizado pela União de Sindicatos da Madeira (USAM) e pela CGTP.“É lógico que no momento em que passamos e olhando à gravidade da situação, muitas mais pessoas poderiam e deveriam se juntar a esta manifestação, mas comparando com anos anteriores temos uma excelente manifestação, estamos em crescendo e penso que, por este andar os trabalhadores vão perceber que sem luta, sem vir para a rua, não conseguimos alterar o rumo do país”, transmitiu Juan Carvalho, representante do conselho nacional da CGTP.
Leonel Nunes, Álvaro Silva, Diamantino Alturas e Assunção Bacanhim encabeçaram o ‘comboio’ do protesto, empunhando uma tarja onde se lia: “É hora de mudar! Mais emprego, mais salários, mais direitos!”.
A manifestação decorreu de forma ordeira ao longo do itinerário percorrido em 15 minutos, ouvindo-se palavras de ordem e slogans contra as políticas de austeridade: “Maio está na rua, a luta continua!"; “Trabalho sim, desemprego não!”; Quem luta sempre alcança, queremos a mudança!”; E “capital a roubar, quem trabalha a pagar!”
As bandeiras dos sindicatos que representam os Enfermeiros, a Hotelaria, a Construção Civil, os Professores e a Administração Local, foram as mais vistas. Todos quiseram deixar a mensagem de luta e de convicção dos trabalhadores de que a imposição de medidas de austeridade não são uma inevitabilidade.
“Este governo tem vindo, ao longo da sua governação, a tomar medidas sempre contra os trabalhadores, tanto do sector privado como do público e é necessário lançar um grito de alerta de que é preciso mudar. É possível que este país tenha mais rendimento, que distribua melhor a riqueza produzida e que dê se atenda mais a quem trabalha”, referiu Juan Carvalho, à margem da concentração no Jardim Municipal.
Na alocução aos trabalhadores, Álvaro Silva, coordenador da USAM, enumerou as empresas e os sectores que mais contribuíram para o aumento da precariedade, da exploração laboral e para que a Madeira atingisse a maior taxa de desemprego do país.
Apontou a saída da crise para o caminho da luta, da resistência, da persistência, do diálogo e da proposta de alternativas.
“Por isso apelamos aos trabalhadores, aos reformados, aos pensionistas e, em particular aos jovens que se mobilizem, junto dos seus sindicatos, porque vamos conseguir desmascarar estes mentirosos que nos têm governado estes anos todos”, transmitiu Álvaro Silva.






A USAM está convicta de que é possível mudar de políticas, mas para isso é preciso ter mais pessoas na rua. Mas como? “Iremos continuar a procurar sindicalizar mais pessoas, passar a mensagem de que ser sindicalizado é mais seguro, vale a pena é necessário lutar e só através dos sindicatos organizados e em luta em conjunto é que poderemos de facto introduzir alterações às políticas aplicadas aos trabalhadores”, respondeu Juan Carvalho.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

1.º de Maio de 2012 – Saudação do PCP/Madeira aos Trabalhadores da RAM

 Foi há 126 anos que a luta dos trabalhadores da cidade norte-americana de Chicago por justas reivindicações laborais, luta essa duramente reprimida pelas autoridades, marcou um ponto de viragem na história do combate pelos direitos de quem trabalha. Em homenagem aos que tombaram pela defesa dos trabalhadores, o dia 01 de Maio passou a ser internacionalmente reconhecido como o momento evocativo e de reivindicação por mais direitos e melhores condições laborais.
Passados que são 126 anos desde os acontecimentos de
Chicago, hoje, mais que nunca, o dia 01 de Maio, enquanto data de luta e de reivindicação, ganha cada vez mais significado e importância para os trabalhadores, nomeadamente para os trabalhadores portugueses. De facto, no contexto histórico, político, económico e social em que hoje vivemos, o 1.º de Maio deve, para além de focar as lutas que se travaram no passado, constituir-se como uma alavanca de luta, de protesto, de reivindicação, de exigência de outras políticas de cariz e orientação social e de firme oposição e confronto a esta violenta e macabra ofensiva desenvolvida contra direitos inalienáveis e constitucionalmente consagrados dos trabalhadores portugueses.            Hoje, 126 anos depois das violentas repressões de Chicago, e 38 anos depois do primeiro Dia do Trabalhador celebrado em liberdade no nosso País, assistimos a um profundo desvirtuar de conquistas de séculos, ao espezinhar de direitos laborais, à constante violação das normas mais elementares que determinam as relações laborais, à promoção e incentivo à prática de despedimentos selvagens e à precariedade laboral.            Esta brutal ofensiva, a mais grave desde o 25 de Abril de 1974, e este profundo menosprezo pelos direitos essenciais de quem trabalha e produz riqueza, a coberto das sucessivas medidas de austeridade e das imposições da Troika externa (UE/BCE/FMI) diligentemente postas em prática pela Direita, e como justificação para a crise económica, afecta todos quantos dependem do seu posto de trabalho, homens e mulheres, jovens e menos jovens, especializados ou indiferenciados, todos colocados à mercê de práticas legislativas injustas, retrógradas, altamente prejudiciais para Portugal e para a esmagadora maioria dos Portugueses.            A juntar à crescente austeridade imposta às populações, surgiram novas e negras perspectivas de destruição de mais e mais direitos e conquistas sociais, do congelamento de salários e pensões, do desmantelamento e da desresponsabilização pura e simples das funções sociais do Estado, da tomada de medidas que mais não são do que incentivos ao despedimento “a pataco”, com pouco ou nenhum respeito pelos direitos dos trabalhadores, num processo que, para satisfação da banca e dos grandes capitais financeiros e especulativos, acabarão por lançar ainda mais na profunda miséria milhares e milhares de famílias portuguesas. Os resultados estão bem à vista: todos os dias, o País empobrece cada vez, e com ele as suas populações. Apesar das tão anunciadas recuperações para breve, o que é certo é que os trabalhadores não se alimentam de miragens.            Não é possível pactuar e acenar afirmativamente a propostas e medidas que constituem um inegável factor de retrocesso social, de intensificação da exploração, de agravamento das injustiças e desigualdades sociais, de promoção da instabilidade da nossa sociedade, de degradação do regime democrático em conflito aberto com os objectivos e valores consagrados na Constituição da República Portuguesa.
Na Região Autónoma da Madeira, e depois de largos anos de governação irresponsável, os madeirenses e os portossantenses são agora confrontados com a pesada factura resultante das más políticas e de opções desastrosas. Perante as evidências da situação calamitosa em que a Região se encontrava, o Governo Regional não acautelou os direitos das populações, e optou por celebrar com o Governo da República um desastroso “Programa de Ajustamento Económico e Financeiro para a Região Autónoma da Madeira”, verdadeiro pacto de agressão que põe em causa o futuro desta terra, e que potencia, em toda a linha, a exploração e o empobrecimento da Região e da sua população, e objectivamente justifica a liquidação de direitos, a alienação de património público, empresas e serviços e a espoliação de rendimentos a quem aqui reside e desenvolve a sua actividade profissional. É um acto de imposição de mais sacrifícios, para além daqueles que a Troika externa e o Governo da República já nos obrigavam a cumprir, e uma acrescida e insuportável penalização das condições de vida das populações da RAM. É, não um programa para acudir às dificuldades da Região, mas sim para se aproveitarem das dificuldades e imporem mais dificuldades e injustiças. Representa a legalização de um crime político de roubo de rendimentos e de exploração a quem vive e trabalha na Região Autónoma da Madeira.
Perante a austeridade, que cada vez mais põe em causa a sobrevivência, a qualidade de vida e o bem-estar das populações, face aos abusivos ditames da Troika e do famigerado plano de recuperação estabelecido entre o Governo da República e o Governo Regional, que impõem a fome, a miséria, as desigualdades, a exploração, o retrocesso social e o atraso económico, perante a negação de direitos essenciais e garantidos na Constituição da República Portuguesa, o actual momento de profunda crise económica, financeira e social mostra que, mais que nunca, há que lutar para garantir que os direitos adquiridos não sejam roubados.Por isso, face à mais gravosa ofensiva contra os trabalhadores posta em prática desde o 25 de Abril de 1974, a única solução é resistir, fazer frente às sucessivas medidas atentatórias contra os direitos e garantias de quem trabalha, exigir mais trabalho e melhores condições de trabalho, a par da implementação de efectivas políticas que promovam o emprego com direitos, e lutar e reivindicar nas ruas e nos locais de trabalho para garantir o pleno respeito por quem realmente cria riqueza e promove o verdadeiro desenvolvimento e progresso no nosso País e na nossa Região:
 o Povo Trabalhador.

 Viva o 1.º de Maio!

Vivam todos os trabalhadores da RAM!

domingo, 29 de abril de 2012

Tomar Partido | Escrito e recitado por Ary dos Santos

CDU vai propor na ALM uma Lei de Finanças de Saúde NOTICIA DN

A CDU-Madeira vai propor na Assembleia Legislativa a criação de uma Lei de Finanças de Saúde. A novidade foi avançada esta manhã, no âmbito de uma iniciativa política sobre os problemas financeiros do Serviço de Saúde da Região, que levou a CDU ao Campanário.
A CDU-Madeira, depois de visitar e se inteirar da situação de vários centros de saúde e dos hospitais, afirma ainda que actualmente a falência financeira do SESARAM é uma realidade, com rupturas de stock e dívidas aos fornecedores, colocando em causa o normal funcionamento dos serviços.

Edgar Silva, líder do partido e porta-voz da iniciativa de hoje, disse que apenas uma lei de Finanças de Saúde, que assente em quotas mínimas anuais de investimentos e de distribuição o verbas, entre outros aspectos, será capaz de garantir o funcionamento normal do SESARAM e garantir o direito fundamental dos cidadãos do acesso à Saúde.