sábado, 14 de abril de 2012

CDU promove jornada de intervenção em empresas da Região noticia DN

Após reunião da direcção regional do PCP-Madeira, onde analisaram a situação económica e social da Região, Edgar Silva referiu que, dado o agravamento dos problemas laborais, vão desencadear ao longo da próxima semana, de 16 a 22 de Abril, uma jornada regional de intervenção nas empresas e locais de trabalho para a denúncia de problemas, como salários em atraso, precarização das relações laborais e exploração, e a ausência de respostas por parte do Governo Regional.
O dirigente da CDU-M disse que, ao longo desses dias, vão se deslocar às empresas para "dar voz ao protesto e à indignação que hoje está muito viva no mundo do trabalho e apresentar propostas e iniciativas no plano social e parlamentar" para que a realidade actual "seja considerada de outra forma pelo poder político".
Edgar Silva avançou que têm conhecimento de muitas situações. "Nós queremos estar nesta relação directa e próxima com as questões concretas que são sentidas pelos trabalhadores", frisou, referindo que vão começar esta segunda-feira e que uma das empresas onde se deslocarão será o Jornal da Madeira, a fim de abordarem os problemas sócio-laborais da empresa. Contudo, vão a empresas "de todos os sectores" onde os problemas são transversais.
"O objectivo é este, não só a denúncia, mas dar voz ao protesto e à indignação hoje sentida por muitos trabalhadores", salientou, sublinhando que defendem uma nova política capaz de defender o emprego, já que "o Governo deixou de ter voz em relação às questões laborais".

Direito de acesso à Saúde

quinta-feira, 12 de abril de 2012

PSD, CDS e PS aplicam mais uma machadada na soberania do país

PSD, CDS e PS aplicam mais uma machadada na soberania do país

.Comunistas contra as taxas moderadoras no SESARAM noticia DN

A CDU levou esta tarde uma acção de rua no Largo do Pheleps contra a implementação de taxas moderadoras nas urgências e nas consultas do Serviço Regional de Saúde. Ou seja, quem precisar de atendimento médico terá de pagar, mesmo que seja no sector público. Edgar Silva entende que isto é um ataque à Saúde e aos direitos das pessoas, mas reconhece que vivemos tempos em que os direitos estão em saldos.
Os direitos conquistados com o 25 de Abril estão em saldos e, neste momento, a preocupação é apenas com as contrapartidas financeiras. A verdade, lembrou esta tarde o deputado do PCP, é que a Madeira tinha maneira de evitar estas taxas moderadoras, mas para isso era preciso vontade política e isso não houve, nem tem havido nos últimos tempos na Região.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

PCP defende que o Programa de Emergência Social para a Madeira noticia DN

 PCP defende que o Programa de Emergência Social inclua medidas adicionais para dar resposta às particularidades da Região.  O decreto legislativo que estende o programa à Madeira deu entrada na Assembleia Legislativa esta tarde, Bernardete Vieira, da Segurança Social, foi chamada à Comissão dos Assuntos Sociais, mas Edgar Silva não quer que este Programa de Emergência Social se limite ao assistencialismo, à resposta imediata.
"O Programa de Emergência Social que não deve apenas ter uma finalidade assistencialista, de perpetuar o pobre na pobreza, deve ter um objectivo mais alargado que é o da erradicação da pobreza". O PCP entende até que, todos os anos, a 17 de Outubro, dia para a erradicação da pobreza, o Governo vá ao parlamento explicar de que modo está a ser aplicado o programa, o que tem sido feito para a erradicação da pobreza.

terça-feira, 10 de abril de 2012

PCP denuncia "negociatas" no salvamento costeiro

O PCP foi à estação, que existe debaixo do aeroporto, denunciar o que chamou de "conjunto de embrulhadas e negociatas complicadíssimas" na área do salvamento costeiro.
O acusado é o Governo Regional que, lembra o deputado do PCP, se comprometeu a ter seis estações, até ao final de 2008, e só existe uma.
Além disso, faz depender "quase tudo" do SANAS, uma entidade com muita precariedade laboral, que tem falta de material de socorro e nem os socorristas estão protregidos. O exemplo foi dado em Fevereriro do ano passado, quando, após a morte de um deles, se soube que nem seguro em dia tinham.
O PCP concretiza as "negociatas" como meio milhão de euros gastos nos Arun. Há muito por explicar, conclui Edgar Silva. Por isso, o deputado requereu, nesta manhã, uma audição parlamentar ao secretário dos Assuntos Sociais, Jardim Ramos, para que tudo seja esclarecido.

Abril de novo com a força do Povo

domingo, 8 de abril de 2012

Coisas que precisa de saber antes de comprar português

Heróis A Talho de Foice Jornal Avante

Heróis
Em todas as batalhas há heróis e as que se inserem na luta de classes não são excepção. Ao contrário de outros que, justa ou injustamente, povoam o nosso imaginário colectivo, os heróis destas últimas batalhas não figurarão nos livros escolares nem deles se falará na televisão. E muito provavelmente nunca saberemos os seus nomes.

É que o seu heroísmo não é feito de grandes acções nem de iniciativas espectaculares. É simples, silencioso, tantas e tantas vezes não assumido. Um heroísmo que não é só individual, pois reside no colectivo e na força ímpar que dele emana. Um heroísmo que é corajoso e digno. Que se revela na vitória contra o medo de perder o emprego, de deixar de poder fazer face às despesas inadiáveis com a habitação, com a alimentação ou com a escola dos filhos. Que se afirma na postura que se mantém firme e na coluna que permanece direita. Apesar das hesitações. Apesar do medo.

No dia 22 de Março, dia de greve geral, travou-se mais uma dessas batalhas. E foi feita em condições difíceis e extremamente adversas. Contra uma ofensiva avassaladora movida por forças poderosíssimas. Mas travou-se ainda assim. E novos heróis se revelaram.

O que serão senão heróis os 35 trabalhadores da Egor, prestadora de serviços à PT, que aderiram à greve apesar da ameaça de que seriam despedidos se o fizessem? E que dizer dos trabalhadores dos call-centers da EDP de Seia e de Odivelas ou do BES Contact que decidiram não trabalhar no dia da 22? Ou dos empregados da Worten e da Calzedónia do centro comercial Via Catarina, no Porto, que aderiram à greve apesar dos vínculos precários?

E não será um herói o maquinista do Metro Transportes do Sul que, com lágrimas no rosto, recolheu a composição com que se preparava para pegar ao trabalho para não trair os seus companheiros – e cujo exemplo levou outros a fazerem o mesmo? Ou os operários do sector do mobiliário do interior do distrito do Porto ou os trabalhadores da recolha de resíduos sólidos urbanos que conscientemente abriram mão de um dia de salário, quando isso implica sacrifícios imensos para si e para as suas famílias? Que outra coisa se poderá chamar aos trabalhadores dos transportes, alvo de campanhas mediáticas sujas em torno de supostos privilégios e tantas vezes vítimas de processos disciplinares, e que deram uma vez mais um grande exemplo de unidade e combatividade?

Heróis são também os que fizeram greve nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo ou na PSA de Mangualde, sobre quem paira a incerteza do futuro das empresas e dos postos de trabalho, e todos os que, por esse país fora, em empresas privadas e serviços públicos, enfrentaram um poder patronal cada vez mais discricionário e fizeram questão de marcar uma firme posição contra a exploração e a injustiça. Heróis são ainda os que, nos diversos piquetes de greve, não se intimidaram perante a pressão dos patrões ou da polícia.
Os nossos heróis são desta têmpera. Que se revelará em muitas outras batalhas e em muita outra gente. Dela germinará, neste heroísmo quotidiano, o futuro por que nos batemos.