sábado, 3 de novembro de 2012

CDU acusa PSD/M de estar preocupado com "problemas intestinais" noticia DN

A CDU não tem dúvidas de que o PSD/M e o Governo Regional estão mais preocupados com os seus "problemas intestinais" do que com as consequências gravosas do Orçamento de Estado na economia e no tecido social da Madeira.
Esta foi uma das conclusões de uma iniciativa política ocorrida, esta manhã, junto ao Mercado dos Lavradores. Leonel Nunes considerou que, apesar das dificuldades previstas, o Orçamento de Estado não tem de ser uma fatalidade. Há sempre a hipótese de "a gente demitir este governo", contrariando e vindo para a rua.
A rua e a indignação são, segundo o dirigente comunista, a única forma de pôr um travão a um Orçamento que vai aumentar brutalmente os impostos, fazer cortes na protecção social e na função social do Estado, aumentar o desemprego e a precariedade e agravar a recessão económica.
Por todas estas razões, Leonel Nunes sublinha que era bom que os madeirenses também reflectissem sobre o que tem dito o Governo Regional sobre esta matéria "Já viram o dr. Alberto João Jardim ou algum secretário estarem preocupados com este Orçamento? Zero. Têm é andado preocupados com outros problemas intestinais e não com os problemas que dizem respeito ao povo".

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

STAD apela à participação na greve geral noticia DN

A delegação do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD) denunciou esta manhã a exploração de milhares de trabalhadores do sector por empresários "sem escrúpulos". "Deixarem de pagar as horas extraordinárias, como foi aprovado no dia 1 de Agosto de 2012, mas as alterações alterações ao Código de Trabalho nada dizem que as entidades patronais são obrigadas a reduzir os salários, as horas extraordinárias, os feriados aos seus trabalhadores", afirmou Álvaro Silva, numa iniciativa realizada junto à Câmara Municipal do Funchal.
O coordenador do STAD sublinhou que em causa estão milhares de trabalhadores, os quais auferem de salários muito baixos, a rondar os 400 euros a 600 euros. "Inclusive há muitas trabalhadroras desse sector que trabalham à hora e que levam para casa cento e poucos euros", disse.
"As entidades patronais aproveitam-se, exploram esta mão de obra barata, põem os trabalhadores a fazerem 12/14 horas diárias", acrescentou.
Nesse sentido, Álvaro Silva apelou à participação na greve geral do dia 14 de Novembro.
 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Rejeitar o Orçamento de Estado é a condição para derrotar o roubo dos sa...



Face à anunciada presença em Portugal de uma delegação do FMI para ajudar o governo a destruir as funções sociais do Estado e a arruinar mais rápida e definitivamente o país, o PCP sublinha duas questões:
O combate e rejeição do Orçamento de Estado para 2013 é no momento a mais importante e decisiva condição para derrotar o roubo dos salários e dos rendimentos e o ataque a direitos fundamentais, e também para impedir os projectos de venda do país aos interesses do grande capital nacional transnacional e para pôr fim ao rumo de desastre económico e social a que estão a condenar Portugal;
Os portugueses têm nas suas mãos, com a sua coragem e a sua luta, com uma grande participação na greve geral de 14 de Novembro, e com a luta de todos os dias nas empresas e nas ruas a possibilidade de derrotar este governo, pôr fim a esta política, rejeitar o Pacto de Agressão que PSD, CDS e PS subscreveram com a Troika estrangeira, defender a soberania e independência nacionais, construir a política patriótica e de esquerda capaz de lhes assegurar a vida digna a que têm direito.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

"O pior Orçamento do Estado após o 25 de Abril"



Na abertura do debate na generalidade das propostas do Orçamento do Estado para 2013, o Secretário-Geral do PCP confrontou o governo com o roubo continuado aos trabalhadores e ao povo português, enquanto que a banca e o sector financeiros continuam a engordar nos seus lucros.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Defender as freguesias, afirmar o poder local, promover as condições de ...




1. A coberto e a pretexto do Pacto de Agressão que PS, PSD e CDS assinaram com o FMI e a União Europeia, o governo tem em curso na continuidade de orientações e opções adoptadas ou tentadas em momentos anteriores, um salto qualitativo na ofensiva contra o poder local democrático. Um ataque que significaria, a ser levado até ao fim, uma completa descaracterização dos elementos mais progressistas e avançados do poder local, a liquidação do que ele representa enquanto conquista de Abril.
Um ataque dirigido para asfixiar financeiramente o poder local impondo não apenas a redução dos serviços que as autarquias prestam às populações mas também uma forma indirecta de roubar recursos e meios que lhes seriam devidos. Um projecto de liquidação da autonomia administrativa do poder local que dá a dimensão exacta do modelo que o governo ambiciona impor assente na transformação das autarquias em meras dependências da administração central, desprovidas de meios e competências, à maneira do antigamente.
Um projecto de agressão ao poder local que, afrontando a Constituição da República Portuguesa é, na sua essência, um programa de agressão ao país, às populações e às suas condições de vida, indissociável da liquidação de direitos e de serviços públicos essenciais que a política de direita vem prosseguindo, condenando ao declínio muitos concelhos e freguesias.
2. O processo de liquidação das freguesias é parte integrante desta ofensiva contra o poder local e desta agressão às populações. Empobrecimento democrático, destruição de emprego público, enfraquecimento da representação dos interesses e aspirações das populações que a presença de órgãos autárquicos assegura – estes são os objectivos que o overno prossegue e que só trarão, se não forem derrotados, o aprofundamento das assimetrias e perda de coesão (territorial, social e económica), o abandono ainda maior das populações, o acentuar da desertificação e da ausência de resposta aos interesses populares e à satisfação das suas necessidades.
Ao contrário do «reforço da coesão» que cinicamente anunciam os efeitos dos processos de aglomeração são, como comprovadamente se conhece, adversos à coesão. Juntar territórios mais fortes, mais ricos ou com mais população com os mais fracos ou menos populosos traduzir-se-ia em mais atracção para os primeiros (os que sobreviverão como freguesias) e mais abandono dos segundos (os que verão as suas freguesias liquidadas). Ou seja, mais abandono, menos investimento local, menos coesão para os territórios mais empobrecidos.
Em vez de «ganhos de eficiência e de escala» como falsamente sustentam, o que se teria é menos proximidade e resposta directa aos problemas locais com menos verbas e menos recursos disponíveis.
Em vez da enunciada «melhoria da prestação dos serviços públicos» proclamada pelos coveiros do poder local, resultariam arbitrariamente centenas de territórios, muitos deles distando dezenas de quilómetros da sede das novas freguesias, desprovidos do único espaço de proximidade capaz de lhe dar resposta mínima a um conjunto de solicitações e necessidades.
3. A luta em defesa das freguesias e a mobilização popular contra a liquidação de mais de um milhar destas autarquias são um vivo testemunho de que uma coisa são os projectos de destruição do governo outra, bem diferente, é a sua concretização automática.
Bem se pode dizer que o governo sofreu já uma primeira e importante derrota. O isolamento político, social e institucional a que o governo foi remetido neste processo é, em si mesmo uma derrota nesta fase do projecto de liquidação das freguesias.
Isolamento político traduzido na exigência de revogação da lei de extinção e da recusa das associações nacionais representativas do poder local integrarem a comissão liquidatária designada pela Assembleia da República e onde apenas participam representantes do PSD e CDS/PP.
Isolamento institucional traduzido na rejeição pela grande maioria dos órgãos autárquicos – onde se incluem centenas de autarquias do PSD – do papel de coveiro que a maioria e o governo lhe propuseram ao assumirem na pronúncia, a que foram chamados, a defesa das respectivas freguesias.
Isolamento social expresso na corrente de indignação e revolta traduzido na luta que atravessa todo o país e envolve centenas de milhares de pessoas, que teve o momento mais impressivo na manifestação nacional a 31 de Março, mas que continua a percorrer freguesias e cidades de Portugal.
O isolamento social do governo nesta sua obsessão, a recusa da maioria dos municípios em participar na liquidação das freguesias e a corrente de protesto que há meses se desenvolve mostram que há força bastante para derrotar este projecto e para defender as freguesias, o poder local e a democracia. Uma força que se revelou uma vez mais na acção nacional descentralizada realizada no passado sábado em todo o país e que prosseguirá até à derrota do projecto do governo.
Como se tem sublinhado, a Lei 22/12 não extingue por si qualquer freguesia. Assim como é inequívoca a total ilegitimidade da Comissão Técnica para se pronunciar em sentido contrário às deliberações das assembleias municipais. A liquidação em concreto de cada freguesia exigirá que na Assembleia da República os grupos parlamentares que visem esse objectivo apresentem e aprovem os projectos de lei correspondentes, o que abrirá uma nova e importante fase de luta e de mobilização populares que continuará a contar com o apoio e a solidariedade do PCP.
4. A apresentação pelo Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República de um projecto de revogação da Lei 22/12 dá expressão e continuidade a esta luta em defesa das freguesias que é, em si mesma, parte integrante da luta pela democracia, contra a degradação das condições de vida, pelo progresso e desenvolvimento do país. Uma luta que se soma a todas as outras que reclamam a rejeição do Pacto de Agressão que PS, PSD e CDS subscreveram e há-de impor a derrota deste governo e desta política.

Luta sem tréguas à ofensiva do capital

Jerónimo de Sousa, num comício realizado hoje em Santarém, afirmou que «este orçamento é a completa farsa da igualdade na distribuição dos sacrifícios», promovido por um governo que está a mais e há tempo de mais à frente dos destinos do país e que urge derrotar!

domingo, 28 de outubro de 2012

Continuar a luta contra a extinção das freguesias

Milhares de pessoas participaram ontem, por todo o país, nas várias acções de protesto contra a extinção das freguesias e o encerramento de serviços públicos. Concentrações, sessões de esclarecimento e tribunas públicas deram voz ao descontentamento das populações que prometem continuar a luta contra este violento ataque ao poder local democrático.