sexta-feira, 22 de março de 2013

“É um crime político contra a produção da Madeira”

É uma afirmação categórica de Edgar Silva, a propósito das novas regras a que estão sujeitos os agricultores, a partir do dia 1 de Abril: “É um crime político contra a produção da Madeira.”
O líder do PCP fala, na manhã de hoje, no Mercado dos Lavradores, um local onde encontrou muita preocupação com a obrigatoriedade de os agricultores terem de pagar IVA e possuírem contabilidade organizada.
Edgar Silva pede um regime de excepção para a pequena agricultura madeirense e desafia o PSD e o CDS, na Assembleia da República, a aprovarem as propostas do seu partido. Coisa que não fizeram aquando da aprovação do Orçamento do Estado em vigor.
Sobre estes dois partidos, o PCP diz que "uma coisa é o discurso, outra é a prática”. Dizem querer defender a agricultura e a produção madeirense, mas estão a contribuir para a morte da mesma.

quinta-feira, 21 de março de 2013

CDU denuncia atitude "inqualificável" do Governo contra a administração local noticia DN

A CDU/Madeira deu uma conferência de imprensa, esta manhã, para manifestar a sua solidariedade aos trabalhadores da administração pública local e apelar à unidade na luta contra as intenções do governo de obrigar à devolução de parte dos vencimentos.
"As centenas de trabalhadores da Administração Pública Local na Região Autónoma da Madeira que foram objecto de um posicionamento remuneratório por opção gestionária em 2008 e 2009, estão agora em risco de verem as suas remunerações significativamente reduzidas, e serem forçados a reporem os valores que receberam na sequência dos posicionamentos remuneratórios efectuados", refere Artur Andrade.
Os comunistas recordam que em 2008 e 2009, o Governo Regional pronunciou-se, "de forma clara e inequívoca", no sentido de que esses trabalhadores teriam direito à alteração do seu posicionamento remuneratório por opção gestionária. "Agora, na sequência de auditorias do Tribunal de Contas, vem o Governo Regional pronunciar-se no sentido que os trabalhadores não têm direito ao reposicionamento por opção gestionária, e que são ilegais os reposicionamentos efectuados pelas Câmaras Municipais", sublinham.
"Inqualificável" é como a CDU classifica o comportamento do Governo Regional que quer "dar o dito pelo não dito, num vergonhoso atentado contra os trabalhadores e os municípios".
A CDU/Madeira apela para que os trabalhadores da administração pública local se unam "em defesa dos seus direitos e das suas remunerações, e manifestem o seu descontentamento e indignação de forma a impedir que se concretize mais este ataque às suas condições de vida e de trabalho".

quarta-feira, 20 de março de 2013

O Euro e a dívida -- défices estruturais

Um projecto de domínio estratégico que hoje se refina com o desenvolvimento de novos instrumentos, nomeadamente com a governação económica, o Pacto para o Euro Mais e o chamado Tratado Orçamental e que visam criar um quadro de constrangimento absoluto à assumpção, pelos Estados, de qualquer projecto de desenvolvimento próprio e soberano.
É em ruptura com este projecto de domínio imperialista que afirmamos uma alternativa de desenvolvimento para o país no quadro de uma nova política - patriótica e de esquerda – que propomos ao país e que exige um governo capaz de a concretizar.

USAM desafia empregados e desempregados para marcha contra empobrecimento noticia DN

A União dos Sindicatos da Madeira (USAM) desafiou hoje empregados e desempregados a participar na marcha contra o empobrecimento, que se realiza no Funchal a 12 de abril, num protesto contra os governos central e regional. "É uma marcha aberta a todas as forças vivas da nossa sociedade, não só para aqueles que estão no desemprego, que são muitos milhares, mas também para aqueles que ainda hoje têm um posto de trabalho, muitos deles precários", afirmou o coordenador da USAM, Álvaro Silva, numa conferência de imprensa no Funchal.
Álvaro Silva salientou que a marcha justifica-se pela situação em que se encontra o país devido à "política neoliberal" do Governo, de coligação PSD/CDS-PP, considerando ser um "dever" de todos os portugueses pôr este executivo, "o mais rápido possível, na rua". "É uma política que está a destruir direitos de quem trabalha e a acabar com os serviços do Estado", considerou, adiantando que o Governo "não acerta uma", pelo que "não tem credibilidade nenhuma".
O responsável da USAM, afeta à central sindical CGTP, explicou ainda que esta marcha não é, apenas, direcionada contra o Governo de Pedro Passos Coelho, mas também contra o executivo insular, liderado pelo social-democrata Alberto João Jardim. "Hoje, na nossa região, infelizmente, quase todas as famílias madeirenses têm um desempregado e a tendência é para aumentar", declarou, acusando o Governo Regional de "não governar". Segundo o dirigente sindical, "o que se vê é a fome e a pobreza a aumentar na região", questionando, perante este cenário: "Que voto de confiança podem os madeirenses dar ao Governo Regional?". Álvaro Silva acrescentou que para o dia da marcha deverão ser emitidos alguns pré-avisos de greve, de forma a permitir que os trabalhadores possam participar nesta iniciativa convocada na terça-feira pela CGTP, para a semana de 06 a 13 de abril, em todos os distritos e regiões autónomas do país. No Funchal, a marcha contra o empobrecimento começa no Lido, às 15:00, seguindo os manifestantes pela estrada Monumental, onde vão passar em frente à presidência do Governo Regional da Madeira, e terminando na residência oficial do Representante da República para o arquipélago.

PCP recomenda ao governo que se demita e que sejam convocadas eleições

    Em conferência de imprensa, o PCP apresentou os motivos da interpelação que fará amanhã ao governo, reafirmando que só com a rejeição do programa de agressão, a demissão do Governo, a convocação de eleições e a constituição de um Governo que execute uma outra política, patriótica e de esquerda, se podem encontrar soluções para os graves problemas nacionais.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Jantar comemorativo do 92º Aniversário no Funchal

Atenção, abrirá numa nova janela.

Numa iniciativa que contou com a presença de mais de seiscentos camaradas e amigos, o Secretário-Geral relevou o significado da iniciativa tão mais valorizável quanto a difícil situação que a Região e o povo madeirense vivem, sublinhando a importância da luta e do reforço do PCP para derrotar este governo e o Pacto de Agressão e abrir caminho a uma alternativa patriótica e de esquerda.


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"É preciso que alguma coisa mude, para que tudo fique na mesma." artigo de opinião de Isabel Cardoso no DN

Jardim já não tem rede, está por sua conta e risco e no círculo dos que o rodeiam encenam-se artificiais combates de facções internas e simulam-se falsas oposições partidárias como a lançada pelo sempre parasitário e oportunista CDS/PP.
O monstro por ele criado, contudo, dá sinais de vitalidade e de capacidade de regeneração. A moção de confiança que o governo regional fez aprovar para si mesmo, ao contrário do que o gesto de cobardia política poderia mostrar, é um dos indícios de como o regime está ainda muito longe do fim. Que a carreira política e o poder pessoal de Alberto João Jardim tenham os dias contados, parece-me evidente mas que o regime (e os que dele tiram sustento) procura criar as condições para que da queda daquele o personifica, se retire o menor dano e se possa mesmo vir a reforçar os alicerces, não tenho a menor dúvida. Cumpre-se a estratégia de sobrevivência do poder tão bem ilustrada na célebre frase da obra, "O Leopardo" de Lampedusa: "É preciso que alguma coisa mude, para que tudo fique na mesma".
Às facções e às famílias do regime pouco importa o destino de Jardim. Continuarão a rodeá-lo com a bajulação e a homenagem que o seu perfil psicológico requer mas são unânimes em considerar que é tempo de vencer os obstáculos que o desgaste da sua imagem tem criado e apostar na renovação do invólucro do sistema que os mantém: aí estão os "albuquerques" e os "josémanueisrodrigues" a oferecerem-se para corporizar a nova aparência do um mesmo poder.
Não tenhamos ilusões, o regime jardinista é o responsável por uma Madeira que sorveu avidamente os dinheiros da Europa construindo o cenário de falsa melhoria da qualidade de vida e que nos endividou até ao insuportável da miséria criando fortunas a uma elite que agora concerta estratégias para fingir a mudança que o povo começa a exigir.