A União dos Sindicatos da Madeira (USAM) desafiou hoje empregados e desempregados a participar na marcha contra o empobrecimento, que se realiza no Funchal a 12 de abril, num protesto contra os governos central e regional. "É uma marcha aberta a todas as forças vivas da nossa sociedade, não só para aqueles que estão no desemprego, que são muitos milhares, mas também para aqueles que ainda hoje têm um posto de trabalho, muitos deles precários", afirmou o coordenador da USAM, Álvaro Silva, numa conferência de imprensa no Funchal.
Álvaro Silva salientou que a marcha justifica-se pela situação em que se encontra o país devido à "política neoliberal" do Governo, de coligação PSD/CDS-PP, considerando ser um "dever" de todos os portugueses pôr este executivo, "o mais rápido possível, na rua". "É uma política que está a destruir direitos de quem trabalha e a acabar com os serviços do Estado", considerou, adiantando que o Governo "não acerta uma", pelo que "não tem credibilidade nenhuma".
O responsável da USAM, afeta à central sindical CGTP, explicou ainda que esta marcha não é, apenas, direcionada contra o Governo de Pedro Passos Coelho, mas também contra o executivo insular, liderado pelo social-democrata Alberto João Jardim. "Hoje, na nossa região, infelizmente, quase todas as famílias madeirenses têm um desempregado e a tendência é para aumentar", declarou, acusando o Governo Regional de "não governar". Segundo o dirigente sindical, "o que se vê é a fome e a pobreza a aumentar na região", questionando, perante este cenário: "Que voto de confiança podem os madeirenses dar ao Governo Regional?". Álvaro Silva acrescentou que para o dia da marcha deverão ser emitidos alguns pré-avisos de greve, de forma a permitir que os trabalhadores possam participar nesta iniciativa convocada na terça-feira pela CGTP, para a semana de 06 a 13 de abril, em todos os distritos e regiões autónomas do país. No Funchal, a marcha contra o empobrecimento começa no Lido, às 15:00, seguindo os manifestantes pela estrada Monumental, onde vão passar em frente à presidência do Governo Regional da Madeira, e terminando na residência oficial do Representante da República para o arquipélago.
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