quinta-feira, 22 de março de 2012

USAM avisa que luta não termina hoje

O coordenador da União dos Sindicatos da Madeira (USAM) avisou que a luta não se esgota na greve geral de hoje, garantindo que os protestos vão prosseguir enquanto os sucessivos governos não mudarem de atitude.
"A luta não começou hoje, nem acaba hoje, estamos na disposição de muito mais lutas para que este Governo e os que vêm a seguir mudem atitudes e governem em prol dos trabalhadores e não das clientelas dos grandes grupos económicos", disse Álvaro Silva.
Numa conferência de imprensa no Funchal, onde fez o balanço da greve geral que termina às 24 horas, Álvaro Silva reiterou que a adesão à greve, decretada pela CGTP, foi superior à de 24 de Novembro, quando as duas centrais sindicais estiveram juntas no protesto.
"Houve um aumento da participação, mas o aumento deveu-se ao sector privado".
Para o dirigente sindical, estes valores têm uma leitura decorrente do aumento do desemprego e do encerramento de empresas: "Há um descontentamento da população da região".
Agradecendo aos que abdicaram de um dia de salário "que faz falta a toda a gente nos dias de hoje" para aderir à greve, Álvaro Silva repetiu que daqui para a frente o caminho "é só um, o da luta".
"Os madeirenses têm, aos poucos e poucos, de perder o receio e o medo de vir para a rua reivindicar os seus direitos", declarou, defendendo que têm de demonstrar que não estão "agachados ao poder dos sucessivos governos que fazem leis contra os trabalhadores, contra a população".

Maior manifestação de sempre numa Greve Geral na Região

Para além da excelente adesão á greve geral na região, a concentração de trabalhadores na placa central, convocada pela USAM transformou-se na maior manifestação de trabalhadores na região em dia de greve geral, depois de aprovada uma moção lida pelo coordenado USAM, os grevistas deslocaram-se em manifestação até à Quinta Vigia para entregar a referida moção ao presidente do Governo Regional.


 É de salientar que participaram centenas de trabalhadores nesta concentração, afirmando que está greve geral é justa e que os trabalhadores estão descontentes com o rumo de destruição que os governantes querem impor as nossas vidas.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Grande adesão à greve dos trabalhadores da ARM em Câmara de Lobos.

No primeiro turno da empresa Águas e Resíduos da Madeira 90% dos trabalhadores aderirão à Greve obrigando ao não funcionamento deste turno.

Primeiros números da adesão à greve muito positivos.

Na Câmara Municipal do Funchal a adesão à greve, no 1º turno, foi superior à da última greve, chegando ao 100% na recolha urbana e 70% na remoção.
Estes números são bastantes animadores e demostram que esta greve representa o descontentamento dos trabalhadores com as políticas aplicadas no país e na região.

terça-feira, 20 de março de 2012

Sindicato da Construção Civil, dá conta de uma situação insustentável, do aumento das dificuldades sentidas pelas famílias madeirenses, e apela à participação na Greve Geral de 22 de Março. Noticia Cidade Net

“As medidas que aí vêm são motivo, mais do que suficiente, para uma paralisação total na Madeira. Eles (trabalhadores) que não se fiem em promessas. Isto está de tal ordem, com um aperto de cinto, que estamos mais perto dos levantamentos sociais, que estão a acontecer na Grécia, do que muita gente pode pensar”.
Um dos casos mais recentes está ligado ao despedimento de quase 100 trabalhadores na Tâmega Madeira. O sindicalista, apesar de não ter uma confirmação desta intenção, não se mostra surpreendido. Pelo contrário, se a empresa não encontrar urgentemente um rumo o “mais certo é fechar as portas”.
E nem o pagamento do Governo Regional aos fornecedores vai atenuar a situação das empresas. “A verba que está anunciada é praticamente para pagar juros e falta ver qual é a prioridade nos pagamentos”, alerta, lembrando que a saúde e outras áreas prioritárias também acumulam dívidas

Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Atividades Metalúrgicas da Madeira Tâmega Madeira vai dispensar uma centena de trabalhadores. Noticia DN

Cerca de uma centena de trabalhadores da Tâmega Madeira vão ser dispensados, disse hoje à agência Lusa fonte oficial da OPWAY, empresa que detém a maioria do capital social daquele grupo.
A mesma fonte escusou-se a revelar quando é que o despedimento dos trabalhadores das empresas do grupo Tâmega Madeira vai ocorrer, assim como as razões que levaram a OPWAY a tomar esta medida.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Atividades Metalúrgicas da Madeira, António Gouveia, afirmou que esta "situação já era previsível", pelo que não ficou admirado com a decisão da OPWAY de avançar para o despedimento colectivo.
"A empresa tem para receber muito dinheiro do Governo Regional, de obras feitas há cinco e seis anos que nunca foram pagas e que os administradores não deveriam ter deixado arrastar", declarou António Gouveia, destacando, por outro lado, o facto de o investimento em obras públicas "estar praticamente parado na Madeira", do qual "dependia esta empresa", assim como "outras na região".
Segundo o sindicalista, "é impossível manter os postos de trabalho sem obras".
António Gouveia admitiu, por outro lado, que a "conjuntura económica" na região, a implementar um plano de ajustamento financeiro, está a precipitar o despedimento de trabalhadores, a que acresce a situação do país, "com as empresas a terem dificuldade de recorrerem ao crédito".
Para o responsável, o caso da Tâmega Madeira é, apenas, "a ponta do icebergue", acreditando que casos como o do grupo se vão "multiplicar" no arquipélago.
"O aumento do IVA e dos combustíveis, a partir de abril, como está no plano de ajustamento, vai afundar mais empresas e aumentar o desemprego", advertiu o dirigente.
Em Setembro do ano passado o grupo Tâmega Madeira iniciou o despedimento coletivo de 133 trabalhadores, informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Atividades Metalúrgicas.
No dia 23 desse mês, uma centena de funcionários concentrou-se em frente à sede do Governo da Madeira, no Funchal, em protesto contra o atraso no pagamento do salário de agosto e do subsídio de férias.
Antes, a 31 de Agosto, cerca de 400 trabalhadores cumpriram um dia de greve devido ao atraso no pagamento do salário de Julho e, ainda, do subsídio de férias a alguns funcionários.
António Gouveia disse que neste momento não existem salários em atraso no grupo Tâmega Madeira.
O desemprego no sector da construção civil e obras públicas atinge números avassaladores. Na Região Autónoma da Madeira, nos dois primeiros meses do ano, mais de três mil trabalhadores ficaram sem emprego e outros tantos são sujeitos a pressões diárias.

Perda de um dia de salário para fazer greve geral é um investimento no futuro para manter direitos adquiridos. CGTP-IN

O secretário-geral da CGTP defende que a perda de um dia de salário para fazer greve geral é um investimento no futuro para manter direitos adquiridos. Arménio Carlos desafia os trabalhadores a fazerem as contas.
RTP -19 Março 2012

Sindicato da Hotelaria espera maior adesão à greve geral do dia 22 de Março Noticia DN

O Sindicato da Hotelaria espera adesão à greve geral do dia 22 de Março, mas teme que as circunstâncias actuais, agravadas pela nova lei do desemprego e pelo número de encerramento de empresas, venham a intimidar os trabalhadores. "Isto são formas de meter medo aos trabalhadores", disse Adolfo Freitas.
Ainda assim, o dirigente sindical afirma que a reacção dos trabalhadores, nas reuniões realizadas nas empresas, geram algum optimismo relativamente à participação, podendo mesmo ultrapassar a adesão da última paralização, a 24 de Novembro.
Após um plenário de trabalhadores, realizado na sede sindical, para análise à preparação da greve, Adolfo Freitas apontou as medidas de austeridade e as alterações ao código de trabalho como o "maior retrocesso social depois do 25 de Abril". No caso do código de trabalho, afirmou que vem retirar um conjunto de direitos que os trabalhadores têm actualmente, dando o exemplo da implementação do banco de horas e da eliminação de quatro feriados como medidas potenciadoras de "trabalho de escravo".
O Sindicato esteve em 30 empresas para alertar os trabalhadores sobre estas alterações e apelar à participação na greve. Amanhã, estará também em 37 empresas para o contacto directo com os trabalhadores e para distribuição de comunicados e na quarta-feira marcará presença em mais quatro hotéis do Caniço.
Na quinta-feira haverá patrulhas a convidar os trabalhadores a aderirem à greve. Nesse dia, a partir das 10 horas, sairá uma delegação de junto do Hotel Regency Palace que fará o percurso até à entrada do Casino da Madeira. Daí sairá a manifestação até à placa central da Anevida Arriaga

segunda-feira, 19 de março de 2012

CDU quer criar "frente social de oposição" para "derrotar o jardinismo" Noticia DN

A CDU-Madeira esteve, hoje de manhã, em vários bairros sociais do Funchal para apelar à participação dos cidadãos na concentração popular que está marcada para a próxima quinta-feira, dia 22 de Março, pelas 11 horas, dia da greve geral, na placa central da Avenida Arriaga. O porta-voz desta iniciativa, Edgar Silva, disse também que urge criar "uma frente social de oposição às políticas de direita" para derrotar o jardinismo.
"Esta mobilização popular constitui um momento importante para que se possa dar visibilidade e voz ao protesto contra o jardinismo e o plano de agressão que o jardinismo está a querer impor ao povo e à Região", defendeu, apontando que o plano de ajustamento será "extremamente violento e devastador" para a Madeira e que os madeirenses não devem se resignar ao que foi apresentado e acordado.
Edgar Silva disse ainda que "a derrota do jardinismo só será possível se houver uma grande mobilização também na rua" e com a criação de uma "frente social de oposição às políticas de direita", que envolva os partidos, a população e as várias organizações sociais e políticas. "Nós consideramos ser condição indispensável erguer essas frente social de oposição ao jardinismo e às políticas de direita", vincou, afirmando que a concentração de quinta-feira será "o primeiro momento para um longo processo até que se ponha de pé a frente social de oposição".