terça-feira, 1 de maio de 2012

Perto de 500 na manifestação do 1.º de Maio Noticia DN

Perto de meio milhar de manifestantes participaram no desfile do 1.º de Maio esta tarde, a partir das 18 horas, entre a Assembleia Legislativa da Madeira e o Jardim Municipal do Funchal, organizado pela União de Sindicatos da Madeira (USAM) e pela CGTP.“É lógico que no momento em que passamos e olhando à gravidade da situação, muitas mais pessoas poderiam e deveriam se juntar a esta manifestação, mas comparando com anos anteriores temos uma excelente manifestação, estamos em crescendo e penso que, por este andar os trabalhadores vão perceber que sem luta, sem vir para a rua, não conseguimos alterar o rumo do país”, transmitiu Juan Carvalho, representante do conselho nacional da CGTP.
Leonel Nunes, Álvaro Silva, Diamantino Alturas e Assunção Bacanhim encabeçaram o ‘comboio’ do protesto, empunhando uma tarja onde se lia: “É hora de mudar! Mais emprego, mais salários, mais direitos!”.
A manifestação decorreu de forma ordeira ao longo do itinerário percorrido em 15 minutos, ouvindo-se palavras de ordem e slogans contra as políticas de austeridade: “Maio está na rua, a luta continua!"; “Trabalho sim, desemprego não!”; Quem luta sempre alcança, queremos a mudança!”; E “capital a roubar, quem trabalha a pagar!”
As bandeiras dos sindicatos que representam os Enfermeiros, a Hotelaria, a Construção Civil, os Professores e a Administração Local, foram as mais vistas. Todos quiseram deixar a mensagem de luta e de convicção dos trabalhadores de que a imposição de medidas de austeridade não são uma inevitabilidade.
“Este governo tem vindo, ao longo da sua governação, a tomar medidas sempre contra os trabalhadores, tanto do sector privado como do público e é necessário lançar um grito de alerta de que é preciso mudar. É possível que este país tenha mais rendimento, que distribua melhor a riqueza produzida e que dê se atenda mais a quem trabalha”, referiu Juan Carvalho, à margem da concentração no Jardim Municipal.
Na alocução aos trabalhadores, Álvaro Silva, coordenador da USAM, enumerou as empresas e os sectores que mais contribuíram para o aumento da precariedade, da exploração laboral e para que a Madeira atingisse a maior taxa de desemprego do país.
Apontou a saída da crise para o caminho da luta, da resistência, da persistência, do diálogo e da proposta de alternativas.
“Por isso apelamos aos trabalhadores, aos reformados, aos pensionistas e, em particular aos jovens que se mobilizem, junto dos seus sindicatos, porque vamos conseguir desmascarar estes mentirosos que nos têm governado estes anos todos”, transmitiu Álvaro Silva.






A USAM está convicta de que é possível mudar de políticas, mas para isso é preciso ter mais pessoas na rua. Mas como? “Iremos continuar a procurar sindicalizar mais pessoas, passar a mensagem de que ser sindicalizado é mais seguro, vale a pena é necessário lutar e só através dos sindicatos organizados e em luta em conjunto é que poderemos de facto introduzir alterações às políticas aplicadas aos trabalhadores”, respondeu Juan Carvalho.

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