sábado, 26 de maio de 2012

Fim da economia paralela resolvia o défice noticia DN

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, defendeu ontem um combate cerrado à economia paralela, sublinhando que em causa estão 15.000 milhões de euros que "quase" resolviam o problema do défice de Portugal.
"Se os 25 por cento de economia paralela que temos fossem cobrados, isso daria cerca de 15.000 milhões de euros. O problema de défice ficaria quase resolvido, eliminava-se um conjunto de sacrifícios e ainda sobraria dinheiro para investimento público e para responder a questões de proteção social", afirmou.
Falando em Braga, durante o oitavo Congresso da União de Sindicatos daquele distrito, o líder da Confederação geral dos Trabalhadores Portugueses-Intersindical Nacional sugeriu ao Governo que defina um quantitativo a cobrar, até 2013, no combate à fraude, à evasão fiscal e à economia paralela.
Arménio Carlos acrescentou que a resolução dos problemas do país deve passar também por "algumas medidas de taxação de alguns movimentos na bolsa".
"Não é justo ter grandes accionistas a pronunciarem-se publicamente, com preocupações, sobre a situação do país e do emprego e, quando chega a hora de darem o seu contributo, de assumirem o que gostam de denominar de responsabilidade social, transferirem as suas sedes para outros países, para não pagar impostos ou pagar menos", criticou.
O dirigente sindical alertou que "os trabalhadores não podem pagar mais impostos", pelo que reiterou a necessidade de se encontrar "soluções solidárias" noutras áreas, como a bolsa e a economia paralela.

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