quarta-feira, 9 de maio de 2012

Trabalhadores do Campo de Golfe do Santo da Serra protestam noticia DN

O Sindicato da Hotelaria promoveu, esta manhã, uma acção de protesto, junto ao Campo de Golfe do Santo da Serra, onde decorre o Open da Madeira, para denunciar o que consideram ser um comportamento pouco correcto da administração.
Adolfo Freitas lembrou que há vários anos que o Sindicato da Hotelaria tem procurado negociar aumentos para os trabalhadores do Campo de Golfe mas, até hoje, nunca foi possível ter encontros com a administração, presidida por António Henriques que inclusive terá faltado à reuniões convocadas pela Direcção Regional do Trabalho.
O sindicato deu um prazo, até ontem, para que os responsáveis pelo campo de golfe apresentassem uma proposta de aumentos salariais, mas não obteve resposta.
Adolfo Freitas acusa a administração de António Henriques de recorrer a trabalho temporário e não pagar horas extraordinárias aos trabalhadores do quadro. A organização do Open da Madeira recebeu 500 mil euros do Governo Regional, mas o dirigente sindical não tem dúvidas de que esse dinheito "não será para benefício dos trabalhadores" que garantem que o campo do Santo da Serra seja "um dos melhores do País".
À entrada das instalações, a acção de protesto do sindicato incluiu a distribuição de um comunicado, em várias línguas, pelos jogadores, jornalistas e visitantes do campo de golfe do Santo da Serra. No referido comunicado pode-se ler:
"É lamentável que a principal montra de lazer e desporto do golfe da Madeira, os trabalhadores do campo de golfe desta empresa estejam a aguardar por aumentos salariais desde 2009. Uma instituição presidida pelo Sr. António Henriques, proprietário de várias empresas na Madeira e de algumas no continente, que não teve a sensibilidade e a humildade em dar uma esmola de aumentos aos trabalhadores que, faça sol, chuva, vento, frio ou nevoeiro, estão sempre de cara levantada e com profissionalismo e dedicação dando o seu melhor ao campo em troca do desprezo da direcção. É lamentável que em pleno século XXI ainda haja trabalhadores tratados como escravos e não como seres humanos. Pela nossa parte a luta pelo direito à vida, continua".

Sem comentários: