Milhares de trabalhadores do sector do comércio estão com os ordenados em atraso, mas não reclamam junto sindicato por receio de represálias e perderem o seu posto de trabalho. Quem o diz é a presidente da delegação regional do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.
De acordo com Maria José Afonseca, que falava após uma série de contactos com os trabalhadores do sector do comércio da baixa do Funchal com o objectivo de os informar dos seus direitos e incentivá-los a lutar pelos mesmos, “são milhares que têm salários em atraso e não reclamam”.
A efectivação dos direitos dos trabalhadores foi o tema central desta acção. “Se os trabalhadores não estão atentos vão perdendo dia a dia os seus direitos e não vão contestando. Por exemplo, o direito a receber o salário no último dia útil de cada mês”, no entanto, “nós deparamo-nos com trabalhadores deste sector que já têm três meses de atraso e não querem reclamar porque têm medo e não alertam o sindicato”.
Maria José Afonseca apelou a todos os trabalhadores que se encontram nesta situação que recorram ao sindicato porque só “juntos poderemos inverter essa situação”.
O apelo à participação na Jornada de Luta do próximo dia 14 “contra a pobreza, contra este estado de coisas que os Governos estão a impor aos trabalhadores e contra os cortes nos salários que estão a levar os trabalhadores à miséria”.
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