A União dos Sindicatos da Madeira (USAM) estima que o número real de desempregados, na Região, ronde os 40 mil, sensivelmente o dobro dos inscritos no Centro de Emprego (mais de 21 mil).
A estimativa feita com base na "experiência" e contactos com o movimento sindical foi deixada esta tarde pelo coordenador da USAM, Álvaro Silva após um plenário de sindicatos convocado para analisar "a situação política, social e económica da RAM".
O plenário serviu também para acertar o programa final do Dia do Trabalhador (1.º de Maio) que a USAM, em articulação com a CGTP, vai realizar no Jardim Municipal do Funchal (a partir das 10 horas) com concentração junto à Assembleia Regional (17h30).
Em conferência de imprensa, Álvaro Silva disse que 40 mil desempregados num universo de 127 mil trabalhadores activos na Região é um número "assustador". Tal como "assustador" é o silêncio e as ausências de respostas por parte dos governantes regionais.
Álvaro Silva acusou o secretário regional com a tutela do emprego de "ver a banda passar, assobiar para o lado" num Executivo sem estratégia para combater este "flagelo" e, ele próprio, contribuinte líquido para o aumento do desemprego. Em jeito jocoso disse que o Centro de Emprego deveria mudar de nome para Centro do Desemprego.
A USAM quer fazer do 1.º de Maio "uma grande jornada de luta" e o lema, este ano, é "Contra o desemprego e a pobreza, lutar por direitos e pela Autonomia". Os dirigentes sindicais querem os trabalhadores mobilizados mas também os desempregados, os reformados e os pensionistas.
"Basta de estarem serenos e de se curvarem perante o poder político", apelou.
A USAM vai também assinalar o 25 de Abril com contactos com a população, na véspera, deixando o palco do dia para os partidos políticos.
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