
Grave não é que uns quantos académicos e burocratas, destituídos de moralidade, produzam um documento daqueles, grave é que o governo do PSD/CDS o tenha encomendado, pago a preço de ouro com o nosso dinheiro e ainda não tenha justificado de forma séria o que pretende fazer com aquelas "recomendações", promovendo, assim, cada vez mais uma nova forma de terrorismo sobre o cidadão comum.
Cá e lá os governos têm sido férteis na utilização desta estratégia: espalhar o medo. Fazem surgir pela voz dos seus "testas de ferro" um conjunto de ideias mirabolantes, reduzem-se ao silêncio e deixam que vão parecendo inevitabilidades, encenam amuos e conflitos internos e entre a coligação, avançam com mais medidas de austeridade em raids destrutivos mas cirúrgicos de forma a minimizar as reacções, desobedecem descaradamente à Constituição da República e contornam as decisões dos tribunais, mostram-se incompetentes mas cumprem rigorosamente os seus próprios programas ocultos.
Este terrorismo tem mostrado eficácia: subjuga e imobiliza. Estar atento, procurar informação, trocar ideias e fazer escolhas são imperativos éticos e cívicos. Já passou o tempo em que fingíamos ser uma próspera democracia europeia, é tempo de acordar e afirmar que somos um povo com dignidade que se recusa a viver acocorado pelo medo imposto pelos traidores.
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