segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Demite-se o Governo? artigo de opinião de Edgar Silva no DN

Quando, em 2007, se alteraram os factores da governação, foi despoletada uma crise política. Alberto João Jardim demitiu-se porque deixaram de estar reunidas as necessárias condições para dar cumprimento ao Programa de Governo, com o qual se vinculara com a Madeira. Tudo porque a nova versão da Lei de Finanças Regionais reduzira, a meio do mandato, os meios financeiros com que contava para dar execução ao seu Programa.
Com as eleições de Outubro de 2011, muitas promessas foram feitas e assumidos compromissos com as populações. Entretanto, surgiu o programa da Troika, o Pacto de Agressão, que impôs um programa brutal de sacrifícios e um novo quadro financeiro. A maior parte das promessas do Programa de Governo, por aquele motivo, não se concretizarão.
Em coerência, uma vez que, mais ainda do que em 2007, foram alteradas as "regras do jogo" e se alteraram as condições para o exercício da governação, não deveria o Governo demitir-se?
Não só porque o Governo está desacreditado, Alberto João Jardim perdeu a sua base social de apoio e está perdido no meio de lutas fraccionárias no partido que deveria suportar a sua governação, mas, em especial, porque não cumprirá com os compromissos a que ficou vinculado, então, em bom juízo, deveria demitir-se.
Alberto João Jardim, como não o fará, cairá, apodrecerá.

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