sábado, 28 de abril de 2012

Todos à Manifestação de Trabalhadores no1ªde Maio

Neste,1º de Maio, os trabalhadores e as populações são confrontados com a maior taxa de desemprego na Região, com o aumento da precariedade e exploração laborais e um ataque brutal aos direitos conquistados com a Revolução de Abril. Esta é uma realidade transversal a todos os sectores de actividade na Região!

O sector da Construção Civil é um dos mais penalizados com esta crise. Por parte dos privados assiste-se a uma notória redução do investimento na construção. Muitas das obras públicas estão paradas devido à falta de liquidez financeira por parte do Governo Regional e das Autarquias. Esta realidade faz com que a generalidade das empresas do sector, tenha aplicado uma política de redução do número de trabalhadores, o que contribui para um brutal aumento do número de desempregados na Região. Aproveitando-se da situação, muitas empresas estão a apresentar acordos em que os trabalhadores, caso os assinem, saem manifestamente prejudicados nos seus direitos. Acordos em que a entidade patronal paga menos de indemnização aos trabalhadores do que está previsto na lei, recorrendo muitas vezes ao pagamento em “suaves prestações” mensais, que se arrastam por vários anos.


  A Empresa de Cervejas da Madeira é uma das empresas com grande implantação no mercado regional e que, até à data, tem apresentado resultados financeiros bastante positivos. Mas também aqui estão despedir a pessoal e a diminuir os salários dos trabalhadores. De facto, no mês de Março a empresa optou por uma política de redução de pessoal e os trabalhadores foram confrontados com um documento para reduzir o salário em 14%. Esta realidade demonstra bem até que ponto o Patronato vai na ofensiva que é feita contra os trabalhadores, mesmo em empresas que apresentam resultados financeiros positivos.


Os trabalhadores do sector do Comércio também estão a ser fortemente prejudicados. Por exemplo, no Grupo Sá,como é do conhecimento público, há trabalhadores que estão a receber uma parte do seu salário mensal em dinheiro e outra parte em títulos para fazer compras nos próprios estabelecimentos Sá. Há trabalhadores que foram de férias e não receberam o subsídio. Tudo isto gera um grande sentimento de insegurança e incerteza nestes trabalhadores. Há quem fale até na possibilidade de haver despedimentos.
Mas esta realidade não é exclusiva deste grupo. Nestas alturas de crise os trabalhadores são pressionados a aceitar perdas de direitos como se de uma inevitabilidade se tratasse.dizem os patrões que "é a bem da empresa" mas, na verdade, os trabalhadores só estão a dar tiros nos pés ao abdicar de direitos que foram duramente conquistados e que são seus.

 Os trabalhadores da Administração Pública estão a ser alvo de grandes penalizações devido à política aplicada pelo Governo Regional, no que concerne ao congelamento de salários e carreiras, cortes no 13.º mês e no subsídio de férias, sabe-se lá até quando. Também o Subsídio de Insularidade foi suspenso para os trabalhadores da Função Pública na ilha da Madeira, e reduzido para metade no Porto Santo, apesar de, antes das eleições de Outubro de 2011, o PSD ter afirmado que não retiraria aquele subsídio.
Estes trabalhadores vêem diminuir a sua protecção social através das alterações previstas para a ADSE, e a fragilização da Caixa Geral de Aposentações e da Segurança Social. Mas os ataques não ficam por aqui, pois já está em marcha a prevista redução de 2% de Funcionários Públicos na Região. No sector da Saúde, a redução de pessoal já está a ser feita, e no sector da Educação, os docentes, no final do actual ano lectivo, serão confrontados com esta dura realidade.


 No Sector da Hotelaria, considerado dos mais fortes da Região, muitos trabalhadores são confrontados com salários em atraso, mas há Grupos hoteleiros como, por exemplo, o Grupo Pestana, que estão a reduzir o número de pessoal efectivo nos seus hotéis para posteriormente recorrerm a empresas de prestação de serviços, chegando ao ponto de propor que as empregadas de quartos dos seus hotéis passem para a empresa Serlima!

 Este 1.º de Maio é um grande momento para demostrar o descontentamento com a situação actual e protestar contra a governação da Região e da República que apenas tem defendido os interesses da Banca e dos grandes grupos económicos apoiando o aumento da exploração de quem vive da força do trabalho. Apelamos a todos os trabalhadores, pensionistas, reformados, desempregados e estudantes para que participem neste 1.º de Maio na manifestação organizada pela União dos Sindicatos da Madeira (USAM), com concentração no largo da Assembleia Legislativa da Madeira, às 17h30. 


  1º de Maio
Manifestação com saída às 18:00
concentração no
Largo da Assembleia às 17:30

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