Dar notícia, informar prevenir… que estamos perante a mais ignóbil e descarada operação de rapina de que há memória na história de quase quatro décadas da nossa democracia.
Este saque implacável tem-nos sido friamente servido com a justificação de que «temos de fazer o trabalho de casa» (curiosa expressão que nos remete para os bancos da escola primária e, aos mais velhos faz lembrar os tempos em que a obediência cega, acrítica e acéfala era a grande virtude, ao mesmo tempo que a veleidade de pensar era duramente punida logo em criança com a «menina de cinco olhos» de triste memória).
Este Governo, feito de eminências (que cada vez se revelam mais pardas) tem afinal como grande e motivador projecto nacional para o País, o famigerado: cumprir a troika!
Alguns poderão ser tentados a continuar inerte e passivamente a fingir que acreditam nesse discurso, aceitando a pseudo inevitabilidade desta situação, com os naturais e humanos medos de cada um. Mas é preciso dar resposta a esses planos com a consciência de que eles agem contra os nossos mais legítimos interesses e são coveiros do seu próprio futuro e do futuro deste País.
A História da humanidade é feita de avanços e de recuos, de vitórias e de derrotas, mas nela sempre encontramos a mesma linha condutora: a luta dos oprimidos contra os opressores, a luta dos explorados contra os exploradores.
Nunca a democracia e os direitos sociais e laborais dos trabalhadores lhes foram dados de bandeja. Cada passo foi arduamente conquistado numa luta incessante ao longo dos séculos.
Por isso, se acreditamos na força das ideias, se acreditamos que a razão vence a força, se acreditamos na verdade da nossa luta, então partamos sem demora: como diz a canção: «é preciso avisar toda a gente, segredar a palavra e a senha, engrossando a verdade corrente de uma força que nada a detenha».
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