terça-feira, 27 de março de 2012

Desmontar mitos

 As mentiras que se escondem por detrás da política de destruição do Serviço Nacional de Saúde levada a cabo de forma concertada desde há anos por PS, PSD e CDS. Eis alguns exemplos:

  • Em Fevereiro, morreram mais quatro mil portugueses do que a média dos últimos dez anos. Ao mesmo tempo, verificou-se uma menor procura diária das urgências e outros serviços. Para Jerónimo de Sousa, isto «não pode deixar de ser associado às dificuldades de acesso devido aos custos crescentes». Como exemplo da relação entre condições de vida e mortalidade, um médico revelou as conclusões de um estudo recente que revela uma diferença de 19 anos entre a esperança média de vida à nascença entre dois bairros de Londres habitados por estratos sociais diferentes.
  • Portugal gasta em média 758 euros por habitante em Saúde. Já a Holanda despende 1065 euros, a Alemanha 1569 e a Suécia 1653. Isto contraria por completo a tese de que os gastos com Saúde são excessivos em Portugal.
  • Mais de um milhão e meio de portugueses não têm médico de família.
  • Os portugueses pagam directamente do seu bolso cerca de 30 por cento das despesas totais com Saúde (entre taxas moderadoras, custos com medicamentes e, mais recentemente, gastos com transportes, tendo em conta os cortes no apoio ao transporte de doentes não urgentes), o que constitui o valor mais elevado da UE. Em Inglaterra esse valor é de 10 por cento e em França de sete por cento.
  • Os grandes grupos privados na Saúde têm vindo a aumentar significativamente a sua facturação, que atingiu em 2011 mais de mil milhões de euros. A serem mantidos no orçamento da Saúde, estes mil milhões de euros constituiriam, ainda assim, um sétimo dos sete mil milhões de euros que foram injectados no BPN.

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