«É possível eliminar o desemprego entre os jovens com a continuação da luta nas ruas e nos locais de trabalho, exigindo trabalho com direitos e reafirmando que “este país também é para jovens”, combatendo medidas que têm acabado com milhares de postos de trabalho em todo o País, participando nas manifestações do dia 9, no Porto, e dia 16, em Lisboa» – contrapõe a Interjovem/CGTP-IN, numa nota em que considera o «Impulso Jovem», anunciado pelo Governo, como «novo impulso à precariedade, ao desemprego e aos baixos salários».
O conjunto de medidas que o Governo veio apresentar como solução para o desemprego entre os jovens assenta na «injecção de capitais nas empresas, para que sejam fundos públicos a assegurar os salários dos trabalhadores», que dão lucro aos patrões, assinalou sexta-feira a Interjovem. A redução da Taxa Social Única, por exemplo, é oferecida às empresas sem exigir que o salário dos jovens corresponda às suas qualificações. Outra medida é o «Estímulo 2012», que abre caminho à contratação de jovens altamente qualificados com salários muito abaixo dos restantes trabalhadores, lembrando a Interjovem que isso até já se viu em recentes anúncios de emprego.
Uma primeira consequência destas medidas seria o aumento da contratação, com vínculos precários ou em regime de estágio, de trabalhadores jovens para necessidades permanentes das empresas, com salários muito mais baixos do que teriam com vínculo efectivo. Mas estas medidas «abrem caminho a um maior desemprego e precariedade, através do despedimento de milhares de trabalhadores que nas empresas serão substituídos por estes jovens».
Para combater o «impulso» do Governo, a Interjovem renova a exigência de trabalho estável e com direitos, o fim da precariedade e do desemprego, a promoção da produção nacional, o aumento real dos salários e o fim do encerramento de serviços públicos.
Sem comentários:
Enviar um comentário