terça-feira, 25 de setembro de 2012
Sobre a execução orçamental e as manobras do Governo para manter o roubo...
1- Os dados hoje divulgados sobre a execução orçamental registam uma pronunciada quebra na receita fiscal, a par de uma subida da despesa sobretudo devido ao agravamento dos juros pagos à banca, na linha daquilo que, sem surpresa, tem vindo a acontecer ao longo dos últimos meses.
Um valor que é inseparável da política de exploração e empobrecimento que está a aprofundar a recessão económica e a transformar a vida de grande parte do povo português num inferno. Estes dados confirmam ainda que os sacrifícios imensos que estão a ser impostos aos trabalhadores e ao povo português, e que estão a atirar milhares de trabalhadores para o desemprego, a empobrecer uma larga parte da população, a arruinar milhares de pequenas empresas, não são, nem para combater o problema da dívida e muito menos para combater o problema do défice. São isso sim, uma forma inaceitável de continuar a transferir milhões de euros de recursos públicos para o grande capital nacional e estrangeiro.
2- Dados que, ao contrário do que as manobras que estão em curso procuram fazer crer, não autorizam o prosseguimento de novos roubos conforme anunciou hoje o 1º Ministro.
No fundo, aquilo que o governo veio fazer, a propósito da realização da reunião da concertação social, foi apresentar a intenção de roubar o mesmo e aos mesmos. Ou seja, aquilo que diz não querer roubar com a mão esquerda, prepara-se para tirar com toda a força com a mão direita, na medida em que mantém a intenção de, a propósito do cumprimento das metas do défice, roubar o valor equivalente a dois salários aos trabalhadores da administração pública e aos reformados e de um salário aos trabalhadores do sector privado, deixando mais uma vez, e de forma escandalosa intocáveis os rendimentos do capital.
Um objectivo que o governo procura encobrir com a ideia de que vai “devolver” um subsídio aos trabalhadores da administração pública, exibindo desta forma um cinismo e uma hipocrisia, que o povo português não pode e não vai aceitar.
Por muito que tentem, o povo português não aceitará passar por parvo como pretendeu o primeiro-ministro fazer hoje.
3- O PCP, ao mesmo tempo que alerta para estas manobras do governo, reafirma a necessidade do povo português levantar ainda mais alto a sua voz para rejeitar o Pacto de Agressão que o PS, o PSD e o CDS assumiram com a troika estrangeira.
Ao contrário da receita que tem sido imposta, ou daquela que pretendem agora camuflar, aquilo que o país precisa é de renegociar a sua dívida, valorizar salários e pensões, taxar o grande capital, assumir o controlo público dos sectores estratégicos, assumir o valor estratégico da dinamização do aparelho produtivo nacional.
O PCP, reafirma o seu apelo à indignação e à mobilização dos trabalhadores e das populações para a participação no próximo dia 29 na manifestação convocada pela CGTP-IN. Uma resposta justa e necessária, confirmando que é preciso acabar com esta política e com este governo, antes que esta política e este governo acabem com o país. Uma resposta que expressa a necessidade de derrotar este governo, esta política e este pacto, abrindo caminho a uma politica patriótica e de esquerda. O PCP está e estará em condições de assumir todas as responsabilidades que o povo lhe queira atribuir.
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