Em pouco mais de um ano e meio foram destruídos mais de 400 mil postos de trabalho e quase um milhão e meio de portugueses estão desempregados; a pobreza atinge um quarto da população vítima do roubo nos salários e nas pensões, dos cortes nos apoios sociais, do aumento dos preços e dos impostos; a distribuição da riqueza entre capital e trabalho aproxima-se da do tempo do fascismo; há milhares de crianças que chegam à escola com fome, centenas de milhares de pessoas que estão a ficar sem acesso aos cuidados de saúde e muitas outras que estão a sair do país em desespero. Entretanto, dezenas de milhares de empresas encerraram em função da quebra vertiginosa do poder de compra, dos custos crescentes dos factores de produção controlados pelos monopólios, mas também da falta de crédito e de uma carga fiscal em contínuo agravamento; a recessão económica está para durar e ameaça um valor acumulado (desde 2011) de quebra no PIB próximo dos 8%; o investimento público caiu quase 50% nestes últimos três anos e a procura interna ameaça recuar quase 20% nesse mesmo período; e a própria dívida e défices públicos, que dizem querer combater, estão em agravamento.
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